Um Pouco sobre a História do convento da orada
O Convento da Orada, em Monsaraz, tem as suas origens no século XIII.
Nuno Álvares Pereira mandou construir no local onde podemos ver o atual edifício uma das 42 igrejas dedicadas à Nossa Senhora da Orada.
De facto, sobrepõem-se no mesmo local quatro (4) templos construídos em diferentes épocas: o primeiro corresponde ao período Visigótico, encontrando-se os seus vestígios na base da tapada fronteira ao Convento; o segundo data do século XIII e apresenta ainda vestígios visíveis no muro que divide o Convento da referida tapada; o terceiro data dos séculos XV e XVI – período manuelino -, tendo anexa uma albergaria que permitia o alojamento de peregrinos (de referir que os templos mencionados se encontravam na rota de Santiago, no sul, na via que ligava Huelva a Mérida). Os seus vestígios são ainda visíveis no adro do atual Convento. E, finalmente, o quarto e último templo é construído pelo edifício do Convento da Orada, datando dos séculos XVII e XVIII.
O Convento da Orada foi mandado construir por um filho bastardo da Casa de Bragança, introdutor em território português da Ordem Mendicante dos Agostinhos Descalços. Foi este fundador simultaneamente o seu primeiro frade e posteriormente o primeiro abade. O edifício então construído compunha-se apenas de uma igreja construída, seguindo-se a restante construção.
Uma das características mais marcantes deste tipo de edifícios é o facto de a planta se manter sempre a mesma dentro de cada ordem monástica, o que permitia que um frade, em visita e proveniente de um outro Convento, pudesse ser capaz de se orientar e encontrar, sem dificuldade, os espaços de trabalho, dormitórios e refeitório como se estivesse em casa.
Quando a construção da igreja foi concluída, cerca de 1670, procedeu-se à demolição da igreja manuelina, de modo que não houvesse dois templos coexistente no mesmo local. O espaço correspondente à albergaria dos peregrinos foi reutilizado como anexos, permitindo armazenar as alfaias agrícolas e os animais pertencentes à Ordem que aí se instalou.
Este é o segundo exemplo no País de um Convento em claustro fechado. O primeiro corresponde ao Convento de São Francisco, em Portimão. É por essa razão que nunca apresentou colunas, mas sim, janelas com namoradeiras típicas da arquitetura tradicional alentejana.
Posteriormente, no século XIV, com a extinção das ordens religiosas em 1832 e a anexação dos bens das ordens religiosas pelo Estado, o Convento da Orada foi um dos primeiros imóveis a ser vendido em hasta pública, a uma família de Monsaraz, que a transformou em espaço agrícola.
Em 1988, em avançado estado de degradação, foi adquirido e restaurado pela Fundação Convento da Orada, sob o projeto e seu instituidor o Professor Doutor Arquiteto João Rosado Correia – simultaneamente especialista em Património e na sua reabilitação, e seu primeiro presidente -, restauro que terminou em 1992.
A fachada principal ostenta ainda as marcas do portão que a fechava, e a torre sineira é coberta por uma cúpula, por desconhecimento da sua configuração inicial.
Os pavimentos ainda existentes no momento da reabilitação patrimonial foram conservados e cobertos pelos pavimentos atuais, em tijoleira tradicional e mármore de Vila Viçosa, especialmente nos locais em que este tinha anteriormente sido utilizado (nos ângulos da galeria e do refeitório), de acordo com a “regra de ouro”, simbolismo utilizado igualmente na construção e decoração dos edifícios religiosos.
Seguindo os cânones da reabilitação do património, houve igualmente o cuidado de marcar bem tudo o que é intervenção recente, nomeadamente no tocante às ombreiras e padieiras das portas. As que ainda existiam originalmente, de xisto, foram mantidas, e as que não existiam ou se encontravam degradadas foram colocadas, utilizando um material diferente, neste caso o mármore cinza serrado.
A opção escolhida foi a de manter tudo o que era original, substituindo apenas o que estava deteriorado e adequando o interior à exigência atuais, a saber, a construção de instalações sanitárias.
Este é o segundo exemplo no País de um Convento em claustro fechado. O primeiro corresponde ao Convento de São Francisco, em Portimão. É por essa razão que nunca apresentou colunas, mas sim, janelas com namoradeiras típicas da arquitetura tradicional alentejana.
Posteriormente, no século XIV, com a extinção das ordens religiosas em 1832 e a anexação dos bens das ordens religiosas pelo Estado, o Convento da Orada foi um dos primeiros imóveis a ser vendido em hasta pública, a uma família de Monsaraz, que a transformou em espaço agrícola.
Em 1988, em avançado estado de degradação, foi adquirido e restaurado pela Fundação Convento da Orada, sob o projeto e seu instituidor o Professor Doutor Arquiteto João Rosado Correia – simultaneamente especialista em Património e na sua reabilitação, e seu primeiro presidente -, restauro que terminou em 1992.
A fachada principal ostenta ainda as marcas do portão que a fechava, e a torre sineira é coberta por uma cúpula, por desconhecimento da sua configuração inicial.
Os pavimentos ainda existentes no momento da reabilitação patrimonial foram conservados e cobertos pelos pavimentos atuais, em tijoleira tradicional e mármore de Vila Viçosa, especialmente nos locais em que este tinha anteriormente sido utilizado (nos ângulos da galeria e do refeitório), de acordo com a “regra de ouro”, simbolismo utilizado igualmente na construção e decoração dos edifícios religiosos.
Seguindo os cânones da reabilitação do património, houve igualmente o cuidado de marcar bem tudo o que é intervenção recente, nomeadamente no tocante às ombreiras e padieiras das portas. As que ainda existiam originalmente, de xisto, foram mantidas, e as que não existiam ou se encontravam degradadas foram colocadas, utilizando um material diferente, neste caso o mármore cinza serrado.
A opção escolhida foi a de manter tudo o que era original, substituindo apenas o que estava deteriorado e adequando o interior à exigência atuais, a saber, a construção de instalações sanitárias.
Este é o segundo exemplo no País de um Convento em claustro fechado. O primeiro corresponde ao Convento de São Francisco, em Portimão. É por essa razão que nunca apresentou colunas, mas sim, janelas com namoradeiras típicas da arquitetura tradicional alentejana.
Posteriormente, no século XIV, com a extinção das ordens religiosas em 1832 e a anexação dos bens das ordens religiosas pelo Estado, o Convento da Orada foi um dos primeiros imóveis a ser vendido em hasta pública, a uma família de Monsaraz, que a transformou em espaço agrícola.
Em 1988, em avançado estado de degradação, foi adquirido e restaurado pela Fundação Convento da Orada, sob o projeto e seu instituidor o Professor Doutor Arquiteto João Rosado Correia – simultaneamente especialista em Património e na sua reabilitação, e seu primeiro presidente -, restauro que terminou em 1992.
Este é o segundo exemplo no País de um Convento em claustro fechado. O primeiro corresponde ao Convento de São Francisco, em Portimão. É por essa razão que nunca apresentou colunas, mas sim, janelas com namoradeiras típicas da arquitetura tradicional alentejana.
Posteriormente, no século XIV, com a extinção das ordens religiosas em 1832 e a anexação dos bens das ordens religiosas pelo Estado, o Convento da Orada foi um dos primeiros imóveis a ser vendido em hasta pública, a uma família de Monsaraz, que a transformou em espaço agrícola.
Em 1988, em avançado estado de degradação, foi adquirido e restaurado pela Fundação Convento da Orada, sob o projeto e seu instituidor o Professor Doutor Arquiteto João Rosado Correia – simultaneamente especialista em Património e na sua reabilitação, e seu primeiro presidente -, restauro que terminou em 1992.
A fachada principal ostenta ainda as marcas do portão que a fechava, e a torre sineira é coberta por uma cúpula, por desconhecimento da sua configuração inicial.
Os pavimentos ainda existentes no momento da reabilitação patrimonial foram conservados e cobertos pelos pavimentos atuais, em tijoleira tradicional e mármore de Vila Viçosa, especialmente nos locais em que este tinha anteriormente sido utilizado (nos ângulos da galeria e do refeitório), de acordo com a “regra de ouro”, simbolismo utilizado igualmente na construção e decoração dos edifícios religiosos.
Seguindo os cânones da reabilitação do património, houve igualmente o cuidado de marcar bem tudo o que é intervenção recente, nomeadamente no tocante às ombreiras e padieiras das portas. As que ainda existiam originalmente, de xisto, foram mantidas, e as que não existiam ou se encontravam degradadas foram colocadas, utilizando um material diferente, neste caso o mármore cinza serrado.
A opção escolhida foi a de manter tudo o que era original, substituindo apenas o que estava deteriorado e adequando o interior à exigência atuais, a saber, a construção de instalações sanitárias.
PISO TÉRREO
Auditório Professor Rosado Correia (antiga capela)
Apresenta a característica arquitetónica do conjunto, isto é, a simetria. Onde não havia janelas, imitavam-se as mesmas, de modo que o aspeto geral fosse o mais harmonioso possível. Depois da construção da totalidade do edifício, a Igreja foi novamente ornamentada com a talha barroca, a qual (ao contrário do que se pensa) nunca foi dourada. De salientar que na mesma época, sobretudo na região do Norte de Portugal, o ouro trazido do Brasil permitiu mostrar riqueza das igrejas através do dourado dos seus altares.
Quando foi iniciado o restauro, em 1989, verificou-se que a talha era apenas coberta com cera de abelha, o que permitia proteger a madeira.
Todos os altares são de feitura barroca, e todos, exceto um, são de talha da Escola de Évora. O único que não se integra neste conjunto é o altar do Senhor Morto, de estuque polícromo, ainda coberto por cal, o que permitiu manter a pintura original. A imagem do Senhor Morto, que referimos, encontra-se, tal como as imagens de santos que ornavam os restantes, na Igreja Matriz de Monsaraz, embora pertençam ao espólio do Convento da Orada e estejam registadas em escritura.
O pavimento original, de tijoleira espinhada, foi coberto por mármore, seguindo os cânones arquitetónicos e decorativos da época. Mantém-se, contudo, o primeiro, protegido por uma caixa de areia que o separa do atual.
A sua reconversão em edifício de carácter agrícola levou à caiação de todo o interior, que serviu então como estábulo e estrebaria.
Hoje, recuperado, funciona como auditório principal, onde decorreram (e decorrerão) concertos, congressos e demais eventos.
Museu de Arqueologia
Antiga sacristia do Convento, as vitrines ocupam hoje o que eram os expositores dos paramentos, que desapareceram no séc. XIX. Vem deste compartimento o arcaz que se encontra na atual receção e que funciona como balcão de atendimento ao público.
Os expositores foram aproveitados para a divisão em épocas cronológicas distintas de parte do espólio museológico da Fundação Convento da Orada, o qual resulta, na sua grande maioria, de artefactos provenientes de escavações a que a própria Fundação procedeu, através da sua equipa de arqueólogos, mas inclui também uma pequena parte que é proveniente de doações e empréstimos de habitantes locais e uma outra pertencente à coleção
Auditórios 2 e Auditório Comendador Vítor Martelo (3)
Estas duas salas funcionavam como Sala dos Ofícios, ou seja, o local onde os monges trabalhavam: a fenda do teto da primeira sala data do terramoto de 1755 e o relatório deste estrago foi enviado pelo abade ao Marquês de Pombal, quando este se inteirou sobre danos provocados pela catástrofe no resto do País. Enquanto edifício de carácter agrícola, a sala funcionou como palheiro. Foi de facto neste local que teve início o incêndio que destruiu o Convento no início do século XX, contribuindo para a derrocada que deixou apenas a igreja e a ala lateral esquerda intactas. Do restante edifício sobraram simplesmente as paredes mestras.
O restauro deixou a abóbada do Auditório 2 à vista, permitindo ver o sistema construtivo – que apresenta uma forma em “sela de cavalo”-, uma vez que originalmente as abóbadas eram rebocadas.
Quanto ao Auditório 3, dado que a abóbada original já não existia, foi então construída seguindo as técnicas e os materiais tradicionais.